Em um dos casos mais conhecidos no mundo do vôlei, o ponteiro Leal que era cubano, se naturalizou brasileiro e se tornou o primeiro “estrangeiro” a pertencer a seleção canarinho, na modalidade. O motivo era que em Cuba, não haviam campeonatos locais e quem atua pela seleção de Cuba não poderia atuar em outros países. Nesta situação, foi uma decisão de se expandir para conhecer outros “mundos” do seu esporte. Porém, há outros cenários, que não precisariam ser aceitos, mas com interesses já declarados. Um contexto parecido é o do atacante Diego Costa, que jogou a Copa do Mundo no Brasil pela Espanha, após dizer que se sentia mais valorizado no país Europeu, do que no país tupiniquim.
No futebol, a China que só participou uma única vez da Copa do Mundo, quer naturalizar jogadores brasileiros para conseguir estar no mundial do Qatar em 2022. Para isso, Elkson, Ricardo Goulart, Aloísio, Fernandinho e Alan foram os escolhidos. A partir desta escolha feita, precisam renunciar a sua cidadania brasileira, pois não é aceito dupla nacionalidade no país asiático, além de ter que adequar o nome de acordo com o alfabeto Chinês e também aprender o hino nacional. A seleção vai limitar em três ou quatro, o número de jogadores naturalizados.
A Copa do Mundo, com o decorrer do tempo foi mostrando o aumento do número destes atletas, que só teve uma queda comparando 2014 a 2018, onde o primeiro registrou 85 competidores naturalizados e o segundo 82 esportistas. Nas temporadas anteriores como na África do Sul, o número foi de 75. A França que foi campeã pela última vez, teve dos 23 convocados, 19 jogadores que poderiam atuar por outros países, e ao mesmo tempo é a que mais exportou para outras seleções consideradas menores, como Tunísia e Marrocos.
Estes diferentes contextos mostram como a naturalização vai se tornar cada vez mais comum, mas que falta uma rigidez maior, por parte do país que aceita integrar um atleta no elenco. Precisaria realmente ser pensado o tempo que o atleta está no país ou se tem membros da família para a mudança. Por mais que tenha o caso da China de limitação, precisa ser pensado fazer a delimitação em todos os países, de forma a colocar uma idade estabelecida para poder fazer todo o processo, de preferência antes dos 25 anos.
*Coluna Joga y Joga!. Primeira Leitura. | Texto escrito por Athos Oliveira. Todos os direitos reservados.
**O texto é de responsabilidade do autor e não representa a opinião do Primeira Leitura.
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